Nápoles
- Itália (Terça-feira, 24-09-2013, Gaudium
Press)
"Repetiu-se
às 9h40 o milagre da dissolução do sangue de São Gennaro. O
anúncio foi feito aos fiéis em oração na Catedral de Nápoles
pelo Cardeal Crescenzio Sepe". Estas são as palavras do
relatório oficial da Arquidiocese de Nápoles em relação à
repetição do milagre do sangue do Santo Bispo mártir, evento que é
realizado ininterruptamente desde 1389. Os fiéis acreditam que a não
ocorrência do portento prenuncia uma tragédia sobre a cidade,
crença que não é oficial da Igreja.
A
relíquia é venerada pelos fiéis, aos quais é imposta sobre a
cabeça.
A
relíquia é exposta à veneração dos fiéis, três vezes por ano:
no dia da festa litúrgica do Santo (comemoração de seu martírio),
em 19 de setembro; no sábado anterior ao primeiro domingo de maio, e
no dia 16 de dezembro. O milagre do sangue do Santo, conservado em
uma ampola de cristal em um relicário especial, nem sempre acontece
da mesma maneira, variando às vezes de peso ou volume, e sempre é
precedido pelas orações dos fiéis. Segundo a Agência Zenit, na
mesma hora da liquefação o Santuário de São Gennaro em Solfatara
de Pozzuoli relatou a repetição de vermelhidão da pedra sobre a
qual o Santo Bispo foi decapitado.
O
Martírio é real até hoje
Em sua
homilia para a festa de São Gennaro, o Cardeal Crescenzio Sepe,
Arcebispo de Nápoles, afirmou que o martírio é uma realidade ainda
atual para a Igreja. "Ocorreu nos primeiros séculos da Igreja,
continuou ao longo da história de dois mil anos de cristianismo e
continua atualmente, como se manifesta em tantos episódios de
perseguição em curso em muitas partes do mundo", explicou o
purpurado, lembrando a advertência de Jesus Cristo: "Se a Mim
me perseguiram, também vos perseguirão a vós", porque "o
servo não é maior do que o seu senhor".
O
Cardeal Sepe afirmou que existe uma relação muito estreita entre o
sangue do Santo Bispo e da cidade de Nápoles: "O seu heroico
testemunho de amor, até o derramamento de sangue, ainda sacode nossa
Fé e nos incentiva a perceber a esperança de vida que habita em nós
e que nenhum poder deste mundo pode roubar ou erradicar de nossos
corações". A repetição do milagre deve motivar a renovação
da Fé em Jesus Cristo, explicou o Arcebispo, e deve recordar a
esperança na ressurreição.
"Foi
esta Fé que animou São Gennaro e que deve ser a nossa razão de ser
cristãos", disse o Cardeal. "As almas dos justos - lemos
no Livro da Sabedoria - estão nas mãos de Deus e nenhum tormento os
atingirá... Embora aos olhos dos homens estejam castigados, sua
esperança está cheia de imortalidade". O Arcebispo concluiu
sua homilia invocando a proteção de Deus sobre a cidade e o
florescimento da justiça, a legalidade, a solidariedade, a caridade
e o amor fraternal em seus habitantes.
O
busto em prata que representa ao Santo Bispo conserva em
seu interior a relíquia de sua cabeça.
seu interior a relíquia de sua cabeça.
São
Gennaro viveu na Itália no século III e foi Bispo de Benevento.
Durante a perseguição do imperador Diocleciano, São Gennaro foi
jogado nas chamas em um forno do qual saiu milagrosamente ileso, sem
que suas roupas se afetassem pela ação do fogo. Ao fracassar nessa
tentativa, foi levado ao anfiteatro para que as feras o devorassem,
mas os animais se deitaram aos seus pés, sem ataca-lo. Por este
motivo foi levado junto com outros cristãos à Praça Vulcan, onde
foram decapitados. (GPE/EPC)
Com
informações da Arquidiocese de Nápoles e Agência Zenit.
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/51128#ixzz2fxDkNcEZ
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